*Resenha #26 * Assassinato na Academia Brasileira de Letras

Oláaaa, pessoal, como estão?
Hoje vim fazer uma resenha de um livro muuito querido por mim.
Que tal uns assassinatos muito bem executados?


Título: Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
Autor(a): Jô Soares
Nº de páginas: 253
Ano: 2005
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: A princípio aquilo parecia um paradoxo ou uma brincadeira de mau gosto: durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, caiu fulminado no salão do Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes - súbita, sem sangue e sem violência aparente - trouxe uma tensão inusitada para a tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis; um serial killer literário parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de 1924, e não estava pra brincadeira. Queria ver mortos todos os imortais. Os "Crimes do Penacho", como a imprensa marrom apelidou a série de assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado, um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser coincidências. Em sua investigação, que serpenteia entre um chope e outro no Café Lamas, reduto dos intelectuais e jornalistas, uma visita ao teatro São José (mais precisamente ao camarim da deslumbrante Monique Margot, a estrela da peça "Alô... Quem Fala?"), uma passada no cemitério São João Batista e outra na Lapa, Machado Machado se vê às voltas com uma fauna exótica e muito particular. Os suspeitos estão em toda parte: políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, quase todos com um pendor inescapável para o assanhamento e a malandragem. "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" combina o sabor da prosa de Jô Soares a uma pesquisa histórica que reconstitui nos mais ricos detalhes um Rio de Janeiro que até agora não estava nos livros: parecia estar apenas na memória de quem o viveu. Como quem não quer nada, Jô mistura erudição e humor, texto e imagens, suspense e comédia de costumes - fórmula secreta que, na mão dos grandes autores, garante a marca da melhor literatura.


ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS!


Vou começar falando que esse livro é MUITO engraçado! Eu ri do início ao fim.
Então, algumas mortes sem explicações vêm ocorrendo entre os imortais (olha a ironia) da Academia Brasileira de Letras. Os imortais são aqueles que fazem grande sucesso com suas publicações, mesmo nem todas elas sendo boas, na opinião de Machado Machado, o detetive que pegou a frente da investigação. Engraçado o nome, não é? Ele foi batizado assim. pois seus pai era um grande fã de Machado de Assis, mesmo já contendo o sobre Machado. E foi, carinhosamente apelidado por mim de Machadinho Machadinho.
O livro contém personagens de várias diversidades: um alfaiate anão (que serve diretamente aos membros imortais), um padre gay, e me perdoem a blasfêmia, mas eu foi um dos personagens que mais gostei, mesmo tendo pouca aparição, uma jovem aparentemente respeitável mas que sai tirando a roupa por aí e etc.
Com ele você passeia pelo Rio de Janeiro do século 19, contando a história da chegada do Cristo Redentor, e faz até um passeio pelo bondinho da Lapa, tendo um contato direto com a sociedade da época, os costumes e outras coisas.
Mas além de isso, Jô Soares prende você em uma narrativa bem humorada e faz você suspeitar de TODOS os personagens.
Por que? Porque Machado Machado quanto mais adentra ao caso procurando um culpado e uma causa para os assassinatos, se enrola e se vê em um beco sem saída. Ele sabe que nem todos os imortais são lá muito generosos, ou honestos, mas, QUEM iria querer matar esses membros tão respeitáveis?
Em todas as celebrações que envolvem a Academia, lá está Machado Machado, procurando de todos os modos achar uma pista, porém, ele só tem uma.
Pra mim, a melhor morte (existe uma?) foi na igreja, onde apareceu um homem misterioso de sobretudo e chapéu. E ASSIM que o imortal caiu ao chão, ele saiu como se nada tivesse acontecido. Quem será ele?
Sinto dizer que você terá que ler pra descobrir.

Eu não quis falar muito pra não tirar o ar de mistério que o livro tem por si só. Então, qualquer coisa, me perdoem.
E NÃO esqueçam! O livro é ótimo e bem humorado, acredito que não se arrependerão!
Qualquer coisa é só comentar!
Beijinhos.


🌟🌟🌟🌟🌟

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